Os rádios carioca e brasileiro perderam muito com a morte de Collid Filho, que por mais de cinqüenta anos ocupou o horário da madrugada na Rádio Tupi. E com ele desfalece um estilo de intimidade, romantismo e integração com os ouvintes do qual foi pioneiro. Hoje, o rádio da madrugada é quase todo feito pelos ouvintes por telefone em conversas com os comunicadores, que arranjam assim, de graça, quem os ajude a trabalhar. Estamos a viver a febre da "comunicação interativa". Alguns comunicadores sabem conversar com os ouvintes, outros apenas se aproveitam deles, fazendo o tempo rolar sem que tenham obrigações de produzir, escrever etc. É um rádio populista, que fica barato, fácil e popular, às vezes divertido mas pouco produzido. Às vezes é útil, reconheço.
Collid Filho foi dos amáveis e queridos comunicadores em seu contato com o público, seja por telefone ou carta. Era doce, delicado, engraçado por vezes, agregava poesia, tangos, boleros, músicas inesquecíveis, amor pelo Brasil... e pelo Flamengo. A Rádio Tupi lhe deve muito porque as demais emissoras estão há anos tateando para ver como montar uma boa programação da madrugada.
Houve um tempo em que apenas Collid na Tupi e Adelzon Alves na Rádio Globo impunham um estilo pessoal original e eu diria idealista, porque sempre interessados, ambos, em boas causas de defesa da verdadeira música do Brasil e uma enorme capacidade de fazer companhia. Adelzon saiu da madrugada, perda enorme e hoje faz um maravilhoso programa às seis da manhã na Rádio MEC AM, programa praticamente único em nossa radiofonia, pois aborda a música popular de todo o País e não mais apenas o mundo do samba.
Collid sofrera um AVC * 1 há cerca de um ano e não mais voltou ao seu querido microfone substituído (bem) pelo comunicador Davi Rangel. Devo pessoalmente ao Collid inúmeras amabilidades pelas palavras com as quais saudava uma breve crônica que por mais de quatro anos fiz em seu programa e tão logo perdi a eleição * 2, a direção da Rádio Tupi cortou, de maneira súbita, sem nem dizer obrigado.
Não é fácil manter no ar uma carreira radiofônica por mais de cinqüenta anos, como fez o Collid. Por isso muito admiro profissionais entre outros, como o Luís Mendes, a Zora Yonara, muito admirei Haroldo de Andrade por seus 50 anos de microfone, o José Duba (este há mais de sessenta anos no ar), o Gerdau dos Santos (Rádio Nacional), o Zito Baptista Filho (Rádio MEC), a Nena Martinez (Tupi), o Luiz de Carvalho (Rádio Bandeirantes) e se fosse citar os ótimos comunicadores que estão há mais de quarenta anos como o Washington Rodrigues, o José Carlos Araújo...
Como cronista desta cidade e numa imprensa que não valoriza nem menciona o rádio, sinto-me no dever moral de registrar a vida e a obra radiofônica de Collid Filho com respeito, admiração e, já, muita saudade
Collid Filho foi dos amáveis e queridos comunicadores em seu contato com o público, seja por telefone ou carta. Era doce, delicado, engraçado por vezes, agregava poesia, tangos, boleros, músicas inesquecíveis, amor pelo Brasil... e pelo Flamengo. A Rádio Tupi lhe deve muito porque as demais emissoras estão há anos tateando para ver como montar uma boa programação da madrugada.
Houve um tempo em que apenas Collid na Tupi e Adelzon Alves na Rádio Globo impunham um estilo pessoal original e eu diria idealista, porque sempre interessados, ambos, em boas causas de defesa da verdadeira música do Brasil e uma enorme capacidade de fazer companhia. Adelzon saiu da madrugada, perda enorme e hoje faz um maravilhoso programa às seis da manhã na Rádio MEC AM, programa praticamente único em nossa radiofonia, pois aborda a música popular de todo o País e não mais apenas o mundo do samba.
Collid sofrera um AVC * 1 há cerca de um ano e não mais voltou ao seu querido microfone substituído (bem) pelo comunicador Davi Rangel. Devo pessoalmente ao Collid inúmeras amabilidades pelas palavras com as quais saudava uma breve crônica que por mais de quatro anos fiz em seu programa e tão logo perdi a eleição * 2, a direção da Rádio Tupi cortou, de maneira súbita, sem nem dizer obrigado.
Não é fácil manter no ar uma carreira radiofônica por mais de cinqüenta anos, como fez o Collid. Por isso muito admiro profissionais entre outros, como o Luís Mendes, a Zora Yonara, muito admirei Haroldo de Andrade por seus 50 anos de microfone, o José Duba (este há mais de sessenta anos no ar), o Gerdau dos Santos (Rádio Nacional), o Zito Baptista Filho (Rádio MEC), a Nena Martinez (Tupi), o Luiz de Carvalho (Rádio Bandeirantes) e se fosse citar os ótimos comunicadores que estão há mais de quarenta anos como o Washington Rodrigues, o José Carlos Araújo...
Como cronista desta cidade e numa imprensa que não valoriza nem menciona o rádio, sinto-me no dever moral de registrar a vida e a obra radiofônica de Collid Filho com respeito, admiração e, já, muita saudade
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